C I - Consumo Inteligente

Quando falamos em C.I, vem logo à mente (comunicado interno - uma espécie de carta utilizada nas empresas para formalizar pedidos e solicitações entre departamentos), mas o assunto aqui é bem mais abrangente, passa por empresas, casas, bairros, cidades, países, diria até planetas.
O consumo Inteligente não é uma questão de escolha, mas de necessidade, não devemos apenas comprar, mais avaliar o quê está sendo comprado, se é necessário comprar e o quê foi preciso para produzi-lo e mantê-lo. Essa é a síntese deste conceito de consumo.
Precisamos parar de querer quebrar alguns recordes. Lendo o jornal de hoje, 21/03/2011, me chamou atenção uma matéria. “Argentina entra para o Guiness Book (livro dos recordes) com o “Maior churrasco do mundo” 13.713 quilos de carne bovina, quebrando recorde de 2008 de 12 toneladas de carne assada. Façamos só algumas perguntas, que poderão também ser utilizadas em outras situações com outros conceitos, pois quando falamos de exageros podemos elencar uma liste bem Grande. Antes de começar com as perguntas, acho importante comentar que de acordo com estudos, a carne bovina é o produto que mais consome água até chegar ao ponto de consumo, ou seja, na mesa do consumidor. Vamos às perguntas!! O que será feito com toda esta carne assada de uma só vez? O que foi necessário para produzir este churrasco? Quantos bois foram mortos?
Outros dados bem alarmantes são importantes avaliarmos neste exercício. A Região oeste brasileira possui mais celulares do que habitantes, são – 113 celulares para 100 habitantes. Tenho amigos que possuem de dois a três celulares. Você também deve ter um amigo assim! Neste caso cabem também as três perguntas acima. Na produção destes aparelhos, qual foi à quantidade de resíduos sólidos dispensados no meio ambiente, após a produção dos aparelhos? O que será feito com os aparelhos obsoletos? Quanto você está investindo financeiramente, seja na sua casa, seja em objetos de consumo, preocupado com a sustentabilidade?
No Brasil, cada pessoa produz entre 300 e 500g de lixo por dia, podendo chegar a 1 kg nos centros urbanos. Desse volume, 50% correspondem a sobras de alimento (resíduos orgânicos) e os outros 50 % são matérias descartáveis. Você utiliza algum processo de coleta seletiva de lixo, na sua casa?
Existem alguns decretos que são louváveis. O decreto que institui multa e suspensão das atividades e até revogação do alvará de funcionamento, para os grandes geradores de resíduo sólido do município de São Paulo, (aqueles que geram mais de 200 litros de resíduo por dia) que não contratam um serviço de coleta de lixo.

Sustentabilidade. Qual o real sentido deste termo para você? Quantas peças de roupas e sapatos você compra por mês? Dos sapatos comprados, quantos ainda estão nas caixas sem ser usados, e provavelmente ficarão por lá mais uns de dois meses? Nas compras mensais você lê os rótulos das embalagens, para saber a composição dos produtos de limpeza que está levando para casa, e serão despejados nos ralos e dispensados no meio ambiente. Eles são biodegradáveis?
O consumo inteligente é muito mais analítico do que aquisitivo. Está ai o porquê de tantas perguntas ao longo do texto. Quanto mais se consome mais se degrada o meio ambiente, com os efeitos da produção. Se analisarmos o universo populacional brasileiro de 192 milhões de habitantes, uma simples embalagem de leite, torna-se sem milhões ou mais. Precisamos controlar o consumo pujante e desenfreado, para não perdermos um dos bens primordiais para continuidade de qualquer espécie a Água!! Esta coisa cristalina que mata nossa sede – E viva a água, 22/03/2011 dia nacional da água.

Consumindo a si mesmo.

Buscamos uma identidade em um objeto, casa, carro ou pessoa em condições bem mais abastadas, do que a nossa. Talvez simplesmente para termos um objetivo, ou até mesmo um sentido para acordamos todos os dias felizes, e dignos de sermos filhos do grande “Deus”; sem correr o risco de decepcioná-lo por não valorizar esta dádiva da vida, que foi nos dada com regalo.
Digladiamo-nos diariamente com os nossos pensamentos, que muitas vezes se enveredam por caminhos sinistros. Travamos uma batalha de gigante, para não cairmos na armadilha dos pensamentos negativos, que consomem a nossa identidade.
Existe uma espécie de código genético que define o nosso ser: como pensamos o que gostamos e pretendemos. Isso nos diferencia dos demais. Talvez este código a qual me atrevo a defender simploriamente, com o objetivo de contextualizar um pensamento, esteja mais presente na infância que como dizia o maravilhoso mestre Young. O individuo ainda não esta encouraçado, ou moldado a determinados padrões. Com o passar dos anos nos solicializamos e nos desenvolvemos intelectualmente. Atingimos a fase adulta e “criamos a independência”, moldada pelo meio a qual pertencemos.
Somos filhos da TV aberta, de uma imprensa na maioria das vezes irresponsável que apresenta programas sensacionalistas, e mesmo sabendo que seus conteúdos desafiam a nossa inteligência, continuamos assistindo. A nossa educação é deficitária e a saúde caótica. Acompanhamos dia, após dia os nossos direitos tão bem escritos na Constituição Federal Brasileira, sendo banalizados. E nos mantemos impotentes, seja por falta de coragem de proferir revolução, seja por falta de conhecimento.
E no ápice da “lucidez” Batemos no peito e dizemos sem titubear Não sou escravo de ninguém! Ninguém é senhor do meu destino. Lindas frases ricas em parábolas, foram cantadas pelo saudoso poeta Renato Russo (Legião urbana – música: Metal contra as nuvens).
A democracia, a liberdade de expressão e a globalização, essas três pilares adquiridos com unhas e dentes, por grandes guerreiros são fundamentais para evolução da humanidade. Não podemos esquecer de nos valer deles, aliados a nossa real essência, para conseguirmos bem mais do que uma casa, um carro e cargo em uma multi - nacional, mas ações que trarão realização pessoal e possibilitarão mudar o curso hoje de gradativo, da vida na nave mãe terra.

Conversa surda;

Estamos no século XXI e vivemos um fênome evolutivo, onde são vendidos mais computadores que televisão. A era da informação imediata, deixamos de lado o silêncio, a absorvição, a disgestão do aprendizado, a pausa, a profilaxiada, a osmose.” A conversa surda”. Tão importante para concretizar o saber.
Falamos, falamos e falamos. Simplismente falamos. Jogamos palavras ao vento, ao léu, sem pensar, medir e muito menos peneirar. Não permitimos ao interlocutor, um momento para digerir o que está sendo dito, antes de retomar um novo assunto.
Transmitimos a informação da mesma forma que recebemos. A mil por hora, a velocidade da luz, seja por e.mail., scrap ou palavra, antes mesmo da mensagem ser compreendida, mandamos outra, outra e outra.
Palavras vazias e irresponsáveis, sem conteúdo, mas que geram muitas conversas em torno delas. Como as matérias sensacionalistas e barbaras, de crianças que foram assassinadas por pais ou parentes próximos e amados. Não estou dizendo que não deveriam existir! Mas não com este formato. Precisamos saber o que acontece no mundo, ou até mesmo ao lado de casa, que com as longas cargas horárias de trabalho, pouco tempo nos sobra para nos inteirarmos dos acontecimentos comunitários, até mesmo por uma questão de segurança, e monitoria do mandato político vigente. Mas não sei se de fato esses jornalista, autores destas materias de crimes assustadores, que possuem o hábito de dizer que só mostram a “relidade” , estão preocupados em mudar esta realidade? Ou só querem deixar que estes casos rendam, apenas 5 ou 6 programas e mais comentários na Internet e até prêmios.
Mas não de fato levar o caso a sério! ao alto calão: aos ministros ao governo, cobrar politicas públicas de saúde mental, para depentende alcool e droga, segurança pública, guarda municipal, policia nas ruas, reforma carcerária, psicólogos nas escolas e educação de qualidade, para evitar que surjam sucessores para o Fernandinho Beira Mar, Chico estrela, Marcola entre outros….
Um dos principais fatores que nos torna diferente dos animais é o poder da verbalização, essa máxima de organizar as idéias, expor e se impor é incrível, mas quando bem usada!!!
Há momentos de falar e há momentos de ouvir. A sensação de usar o olhar para expressar é atraente, misterioso e enigmatico. O diálogo silêncioso desperta a imaginação, acalma a alma e prepara a palavra para ser dita com leveza e precisão. Ganhamos com a evolução humana e tecnológica, mas não podemos perder o que conquistamos e iremos conquistar com a conversa surda.

O lado B do consumo

O mecanismo do consumo funciona para economia do país, como o alimento para o ser humano, quando consumido em grande quantidade, causa gordura e hipertensão, o contrario fraqueza e debilidade. Para economia o excesso causa inflação e o contrario, divida externa, juros alto e desemprego.
Sem esquecer que o consumo é indispensável para a sobrevivência de qualquer espécie.
Quando seu Manoel da vendinha da esquina, incrementa o seu pequeno comércio, ou seja, aumenta seu “puxadinho” como dizia o personagem João Romão de "O cortiço". Ele expande seu negócio e passa a vender além do básico, alguns utensílios para casa.
Dona Marilu ao circular por sua mercearia, observa as novas opções, e percebe que precisa renovar seu jogo de panelas, que junto com a dona já comemora bodas de prata.
A pequena economia de um simples operário, ou de uma aposentada, quando depositada em um objeto básico, como no caso clássico acima ilustrado. Além da aposentada melhorar o visual do seu fogão e o apetite de sua família. Em longa escala estará em princípio contribuindo para o sucesso da mercearia, que por conseqüência vende panelas de um fabricante brasileiro, que lá na frente vai engordar a estatística de crescimento do PIB. Quem é esse cara? Isso mesmo Pib
(Produto Interno Bruto), muito falado nas colunas de economia, e nos jornais impressos e televisionados, porem muito embora esteja sempre na mídia, ainda é pouco conhecido para muitos. O fato é que este crescimento eleva a imagem do país no mercado mundial, e principalmente o resultado deste consumo aquece a economia, impulsiona os créditos, atrai investidores e amplia as oportunidades de emprego.
Não é fácil pensar que aquele simples batom, esmalte e sombra que você comprou. “E sua mãe censurou, - “dizendo pare de gastar com besteira; você tem um monte encosta numa caixa que nunca usa”. Contribui para o crescimento de um mercado que chegou ao auge no ano de 2009, aparecendo no ranking de maior empregabilidade e investimento. Só para ter uma idéia, na ocasião foram divulgados vários cursos de especialização na área de cosméticos, para qualificar pessoas e atender a esta demanda, sem contar na moda de estilização de unhas, tintas para cabelos e cremes hidratantes, que junto com suas cores e estilos movimentaram a economia do país. Arrumei- te uma boa desculpa para gastar, né!

Consumo versos prosa.

Na roda de amigas, o primeiro assunto iniciado sempre está relacionado a uma espécie de consumo. Roupas, bijuteria, sapatos, perfumes.......
Tenho amigas que no dia do pagamento não recebem nada. Veem todo o salário de um mês inteiro de trabalho, ser consumido pelo débito automático de seus cartões de crédito. Eh Pasmem!!!! Ficam felizes em saber que terão todo crédito reestabilizado para repetir a dose.
Não compram apenas calças, sapatos e maquiagem. Compram um alivio para ansiedade do dia-dia, um passaporte para felicidade. E não é o antigo slogan do playcenter. Este é ainda melhor. Vai reavivar o relacionamento amoroso que anda meio caído.
Vem com um tapete vermelho que dará acesso direto a roda de amigos perfeitos. Todos sorrindo e dançando embalados por músicas agitadas em meio a um jogo de luzes, que no equilíbrio do escuro e claro e as multicores, são capazes de promover verdadeiras cirurgias, nos rostos e corpos fora dos padrões.
Deixa-lhe em evidência. Destaque reluzente. “Com certeza” por causa daquela blusa branca, que lhe custou setenta porcento do salário. Lembra do Chat line? Igual!!!
Não para por ai! No dia seguinte acorda após o horário do almoço, com os parentes todos reunidos na sala, e as crianças de vez enquanto passando em frente a TV.
Recepciona todos sorrindo, ainda anestesiada pelo êxtase da noite anterior. Nem percebe que assistiam ao Faustão.
Volta empolgada ao seu quarto, pois este evento ainda lhes rende muitas risadas RSRSRSRS e longas conversas no MSN. Que não para um só segundo de subir um sinal de um amigo, querendo contar sua participação na noite perfeita.
Ao anoitecer desliga o computador. Ouve o som que vem da TV com aquele chamado conhecido de anos “É fantástico”. E lembra que tem que arrumar suas coisas, pois amanhã é dia de trabalho. Termina de arrumar, deita na cama, olha para o tento e pensa...O que farei no próximo final de semana... E tem uma ótima ideia “VOU COMPRAR UMA CALÇA NOVA”.

Eu só quero chocolate!

Quem nunca acordou as voltas com um desejo extremo, que chega a reproduzir nos olhos, sabor e cheiro. “Aquela barrada de chocolate ““ Ah Barra”, aquele sabor inesquecível que fica guardadinho num cantinho do cérebro, e de vez enquanto, corre por entre as veias fazendo circular mais rápido a corrente sanguínea, e elucida ainda mais o sabor, que agora se transforma em um gosto tão perfeito que cabe certinho neste momento.
Sabe esses dias de sol, com sensação de inverno nublado. Seu coração parece estar batendo mais depressa. O dia acabou de começar e você não vê à hora de terminar, só de pensar em enfrentar sua rotina, que hoje parece estar muito mais pesada e maçante. Metrô lotado, “picuinhas de chefe” faz questão de apontar detalhes quase imperceptíveis, só para manter a autoridade. Além de ficar mais de 10 horas trancafiada numa sala que deves e nunca funciona o ar-condicionado.
Têm certos sabores que provocam sensações tão prazerosas que chega a Ser vicioso, controla a volúpia, um consolo para os solitários e é impossível não querer resgatar. Há quem diga que funciona como um calmante. Outros falam que é muito doce e provoca espinhas. Não há provas concretas com relação a estas hipóteses. Só sei de uma coisa é tão especial que no dia onde se comemora ressurreição de cristo a personalidade mais importante que há mais de mil anos faz parte do nosso imaginário.
E como prova ainda maior da importância desta data no calendário de muitos brasileiros, a maioria dos fiéis reverenciam este acontecimento com a privação do consumo da carne e a substuição pelo peixe, alem dos jejuns e as constantes orações para reviver a rotina da época. Mas dentro desta rotina difícil, existe uma máxima incomum a todas a celebração do domingo de páscoa com sabor da alegria, do chocolate do “ovos de páscoa”
Neste caso só me resta entregar-me a este sabor e como dizia sabiamente o saudoso Tim Maia, Não adianta vim com Guaraná pra mim, pois chocolate é o que eu quero comer!!!!

O Carnaval que entre plumas e sepentinas produz reflexões e contribui para movimentar à economia do país.

Este evento  teve origem na Europa do século passado, em meio aos luxuosos bailes de mascaras. E nas regiões vizinhas mais perifericas, com uma festa profana e pagã, onde os menos abastados faziam folia de rua com direito à guerrinhas de frutas.

Foi recebido tão bem pelo país do tupiniquim, que pegou o que tinha de melhor de sua origem e transformou numa grande festa brasileira. Hoje pouco se fala sobre sua origem.
A festa que mal encerra, já se iniciam os preparativos para o novo ano. Leva um ano inteiro de trabalho intenso, pouco remunerado, às vezes nada remunerado, mas todos ali dentro dos barracões, sem ventilação, trabalham de sol a sol, felizes, motivados e ansiosos com o resultado final, com certeza a vitória.
Coportam-se como uma grande família presa num ideal de vencer. É de causar inveja a qualquer corporação. Fala sério? Qual será o segredo de tanta dedicação? Sendo uma empresa que foge aos padrões de empregabilidade, que de acordo com estudos colocam a empresa no ranking de promissora e feliz para os funcionários.
A magia que envolve este evento é capaz de quebrar paradigmas, transformar pessoas, resgatar sentimentos comunitários e atrair investidores de todos os lados, seja com mão de obra, talento ou dinheiro.
Como nem tudo é flores. Especula-se à possibilidade de um enorme investimento de dinheiro sujo, vindos de bicheiros e traficantes, mas nada provado.
Esta maravilhosa festa, traduzida muito bem pelo compositor do enredo de 94 da escola Gaviões da Fiel. “Todo mundo quer sambar e se enroscar na serpentina”. Sou capaz de apostar, que fez dançar muitos rivais da torcida da escola. Mas deixa de lado as diferenças futebolísticas!! É carnaval! Se entregue as rimas e harmonias muito bem produzidas neste enredo, capaz de causar sensações e movimentos até nos acamados”.
Mas falando em sustentabilidade, me fez pensar como foi realizado este evento... Para produzir os gigantescos carros alegóricos é necessário muito isopor, plástico que lembra àrvore caindo, desmatamento... Para confeccionar as belíssimas roupas dos destaques são consumidas muitas penas e plumas que lembram os lindos cisnes mortos...
Não sejamos injustos, com algumas escolas conscientes que fazem questão de reciclar garrafas pets; e só comprar penas artificiais.
Faz-nos pensar também.... Uma dinheirama investida em um evento que para ser bem classificado não pode passar de uma hora...
Neste contraste que envolve além folia, alegria e dinheiro que movimenta a economia do país. Contribui para degradar a fauna e a flora. Fica um recadinho importante, que as escolas não busquem apenas as NOTAS DEZ na avenida, mas na vida do planeta para própria continuidade deste evento.

Qual a diferença entre Consumo e consumismo

Consumo: substantivo masculino, corresponde o verbo consumir, ato ou efeito de adquirir, gastar, extrair mercadoria, aplicar riquezas na satisfação de necessidades econômicas do homem.
Consumismo: Verbete relacionado ao ato de consumir excessivamente, não por necessidade, mas por impulso, descontrole, desejo de adquirir para saciar o insaciável.
É possível medir, controlar ou dizer não ao Consumismo? Este desejo frenético, capaz de atingir todos os sentidos, olfato, visão, audição, paladar, tato e até a intuição... A mente cria um filme, que retrata detalhadamente a satisfação, que será atribuída ao adquirir tal objeto, muitas vezes desnecessário, mas de extremo desejo, ainda que momentâneo e irresponsável. Funciona quase como uma droga, vai do êxtase a depressão.