terça-feira, 8 de março de 2011

Consumindo a si mesmo.











Buscamos uma identidade em um objeto, casa, carro ou pessoa em condições bem mais abastadas, do que a nossa. Talvez simplesmente para termos um objetivo, ou até mesmo um sentido para acordamos todos os dias felizes, e dignos de sermos filhos do grande “Deus”; sem correr o risco de decepcioná-lo por não valorizar esta dádiva da vida, que foi nos dada com regalo.
Digladiamo-nos diariamente com os nossos pensamentos, que muitas vezes se enveredam por caminhos sinistros. Travamos uma batalha de gigante, para não cairmos na armadilha dos pensamentos negativos, que consomem a nossa identidade.
Existe uma espécie de código genético que define o nosso ser: como pensamos o que gostamos e pretendemos. Isso nos diferencia dos demais. Talvez este código a qual me atrevo a defender simploriamente, com o objetivo de contextualizar um pensamento, esteja mais presente na infância que como dizia o maravilhoso mestre Young. O individuo ainda não esta encouraçado, ou moldado a determinados padrões. Com o passar dos anos nos solicializamos e nos desenvolvemos intelectualmente. Atingimos a fase adulta e “criamos a independência”, moldada pelo meio a qual pertencemos.
Somos filhos da TV aberta, de uma imprensa na maioria das vezes irresponsável que apresenta programas sensacionalistas, e mesmo sabendo que seus conteúdos desafiam a nossa inteligência, continuamos assistindo. A nossa educação é deficitária e a saúde caótica. Acompanhamos dia, após dia os nossos direitos tão bem escritos na Constituição Federal Brasileira, sendo banalizados. E nos mantemos impotentes, seja por falta de coragem de proferir revolução, seja por falta de conhecimento.
E no ápice da “lucidez” Batemos no peito e dizemos sem titubear Não sou escravo de ninguém! Ninguém é senhor do meu destino. Lindas frases ricas em parábolas, foram cantadas pelo saudoso poeta Renato Russo (Legião urbana – música: Metal contra as nuvens).
A democracia, a liberdade de expressão e a globalização, essas três pilares adquiridos com unhas e dentes, por grandes guerreiros são fundamentais para evolução da humanidade. Não podemos esquecer de nos valer deles, aliados a nossa real essência, para conseguirmos bem mais do que uma casa, um carro e cargo em uma multi - nacional, mas ações que trarão realização pessoal e possibilitarão mudar o curso hoje de gradativo, da vida na nave mãe terra.

Conversa surda;









Estamos no século XXI e vivemos um fênome evolutivo, onde são vendidos mais computadores que televisão. A era da informação imediata, deixamos de lado o silêncio, a absorvição, a disgestão do aprendizado, a pausa, a profilaxiada, a osmose.” A conversa surda”. Tão importante para concretizar o saber.
Falamos, falamos e falamos. Simplismente falamos. Jogamos palavras ao vento, ao léu, sem pensar, medir e muito menos peneirar. Não permitimos ao interlocutor, um momento para digerir o que está sendo dito, antes de retomar um novo assunto.
Transmitimos a informação da mesma forma que recebemos. A mil por hora, a velocidade da luz, seja por e.mail., scrap ou palavra, antes mesmo da mensagem ser compreendida, mandamos outra, outra e outra.
Palavras vazias e irresponsáveis, sem conteúdo, mas que geram muitas conversas em torno delas. Como as matérias sensacionalistas e barbaras, de crianças que foram assassinadas por pais ou parentes próximos e amados. Não estou dizendo que não deveriam existir! Mas não com este formato. Precisamos saber o que acontece no mundo, ou até mesmo ao lado de casa, que com as longas cargas horárias de trabalho, pouco tempo nos sobra para nos inteirarmos dos acontecimentos comunitários, até mesmo por uma questão de segurança, e monitoria do mandato político vigente. Mas não sei se de fato esses jornalista, autores destas materias de crimes assustadores, que possuem o hábito de dizer que só mostram a “relidade” , estão preocupados em mudar esta realidade? Ou só querem deixar que estes casos rendam, apenas 5 ou 6 programas e mais comentários na Internet e até prêmios.
Mas não de fato levar o caso a sério! ao alto calão: aos ministros ao governo, cobrar politicas públicas de saúde mental, para depentende alcool e droga, segurança pública, guarda municipal, policia nas ruas, reforma carcerária, psicólogos nas escolas e educação de qualidade, para evitar que surjam sucessores para o Fernandinho Beira Mar, Chico estrela, Marcola entre outros….
Um dos principais fatores que nos torna diferente dos animais é o poder da verbalização, essa máxima de organizar as idéias, expor e se impor é incrível, mas quando bem usada!!!
Há momentos de falar e há momentos de ouvir. A sensação de usar o olhar para expressar é atraente, misterioso e enigmatico. O diálogo silêncioso desperta a imaginação, acalma a alma e prepara a palavra para ser dita com leveza e precisão. Ganhamos com a evolução humana e tecnológica, mas não podemos perder o que conquistamos e iremos conquistar com a conversa surda.